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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Quem nunca fez uma dieta maluca, atire a primeira pedra!

Eu tenho uma grande experiência com dietas. Já fiz de tudo para emagrecer. A primeira que fiz foi aos 15 anos. Era uma dieta macrobiótica: só comia alimentos integrais, algumas combinações específicas (tipo peixe + salada de repolho), e com um cardápio pronto para a semana. Um mês inteiro sem comer carne vermelha. Funcionou, em dois meses emagreci 8 kg e mais 6 kg a menos em 4 meses. O complicado foi que quando parei com a dieta não queria mais nem ver arroz integral nem salada de repolho com uvas passas. Mantive o peso conquistado na adolescência por alguns anos.

Passei no vestibular, passei em um concurso. Estudava e trabalhava e o tempo para comer foi ficando cada vez mais escasso. Pulava o café da manhã, comia um chocolate no intervalo das aulas, comia um sanduíche de qualquer coisa de almoço e ia para o Banco trabalhar. Resultado: 10 kg a mais em menos de um ano e um buraco no esôfago. Procurei um gastro para tratar do buraco do esôfago que eu já tinha há alguns anos e que piorara muito em função da minha rotina de trabalho/estudo. Resultado 2: encaminhamento para a nutricionista e um corte radical em tudo: comida codimentada, frituras, chocolate, refrigerante, café e frutas ácidas. Eu tomava uma garrafa de café por dia.

Emagreci novamente e mantive o peso até me mudar para o Rio Grande do Sul. Saudades de casa, porções fartas, dinheiro a mais. É impressionante o tamanho das porções que as pessoas comem lá, um Xis (para quem não conhece, é o mesmo que hamburguer) é do tamanho de um prato de sobremesa. E tem Xis de tudo: coração de galinha, frango, pernil e por aí vai. A pizza tamanho família alimenta a minha família e mais outra. Fora os churrascos, tudo é motivo para um. E tudo isso sempre bem acompanhado de um chopp ou de uma taça de vinho (ou de uma garrafa inteira).

E no inverno? Se a preguiça de fazer exercício já é grande normalmente, imagina num frio de rachar! Tinha final de semana que eu não punha os pés para fora de casa para nada. Se quisesse comer algo dferente, tinha que pedir tele-entrega.

E para que vocês não tenham a equivocada impressão de que gaúcho só tem maus hábitos alimentares, saio em defesa: eles comem muita salada, sempre.

Porém eu gosto de comer e essa orgia alimentar me fez ganhar alguns quilinhos que emagreci rapidamente e voltei a ganhá-los mais rápido ainda.

Em seguida, descobri que estava com toxoplasmose ocular. Tive que tomar corticóides orais por alguns meses. Engordei mais ainda. E isso é muito controverso: tem médico que diz que corticóide não engorda, tem médico que diz que engorda muito. Fico com a segunda opinião, afinal de contas, quem engordou fui eu.

Nesse meio tempo, casamento. E isso de fato engorda. Você junta os seus maus hábitos alimentares com os maus hábitos de outra pessoa. Tudo é motivo para comemorar e até hoje não vi ninguém comemorar nada com salada. Outros quilinhos ganhos.

Depois de tudo, sem emagrecer nada do que havia ganhado, engravidei. Graças a Deus minha pressão não subiu, não tive diabetes gestacional, nem nenhum outro problema. Dos quilos ganhos na gravidez, depois de quase um ano do nascimento da minha filha, só havia emagrecido cinco. E quando você está grávida tudo é lindo. Porém depois que o motivo de tanta lindeza sai de dentro da sua barriga, você se descobre horrível e gorda.

Já fiz dieta da sopa (por dois dias, nunca conheci alguém que a tenha levado a cabo), da fruta (pode-se comer um único tipo de fruta por dia, promete emagrecer e desintoxicar, e no final de uma semana tinha engordado 1,5 kg). Já contei pontos, notas e todo o resto. Só emagreci quando resolvi levar a sério a dieta, procurei um endocrinologista e uma nutricionista e resolvi mudar meus hábitos de uma vez por todas. Eu não queria mais ser gorda e não queria que minha filha tivesse uma influência tão ruim. E já estou nessa longa caminhada há um ano e dois meses. Nesse caminho já deixei 21 kg, para sempre. Agora estou fazendo Vigilantes do Peso e recomendo, é muito bom.

E hoje estou muito feliz, pois hoje estou a 4 kg para deixar de vez o sobrepeso para trás e a 8 kg da minha meta final. Parecia muito longe, mas estou chegando lá.

E quem duvidar que consegue emagrecer, pode ter certeza que consegue, basta querer. E se a gente consegue fazer tantas loucuras, como ficar uma semana inteira tomando uma sopa horrorosa ou comendo apenas frutas, por que é tão difícil comer certo?

domingo, 18 de outubro de 2009

Esses dias tenho sentido muita dor no pé. A dor é assim: coloco o pé no chão e dói. Fui ao médico, estou com encurtamento do músculo da perna direita. Estou tomando antiinflamatório com vitaminas do complexo B e relaxante muscular. Ando tão relaxada que estou grogue.

Passei a semana com dor, ontem já estava bem melhor. Até que hoje a dor voltou com tudo.
Sinceramente? Acho que meu pé está com sindrome pré-segunda-feira...

sábado, 10 de outubro de 2009

Porta trancada e um sonho

Quem me conhece há um bom tempo sabe que uma das manias estranhas que eu tinha (tinha, isso mesmo) era a de conferir inúmeras vezes, todas as noites, se eu ha via trancado a porta. O problema é que era só me deitar novamente que parecia que, magicamente, eu me esquecia qual havia sido o resultado da conferência e me levantava novamente... Doidera mesmo!

Depois de um tempo e depois te ter torrado a paciência de muita gente (mãe, pai, irmãos, marido) com essa mania, eu resolvi que era hora de dar um basta naquilo. Além do mais, muitas vezes eu acordava de madrugada para conferir a porta. Realmenta não dava mais para continuar daquele jeito. Comecei então a conferir a porta uma vez, me deitar e ficar repetindo mentalmente: "A porta está trancada, eu já conferi, a porta está trancada."

Quando eu morava em Porto Alegre, no quinto andar, depois de conferir se havia trancado a porta e de repetir mentalmente que eu havia conferido a porta por mais ou menos 30 vezes, adormeci. E tive um sonho para atormentar qualquer pessoa em busca de mais uma mania. Eis o meu sonho: Acordo de madrugada e tem um bandido no meu quarto e eu lhe pergunto o que ele estava fazendo ali, sendo que eu havia trancado a porta e conferido. Ele me respondeu que havia entrado pela janela. Retruquei que era impossível porque eu morava no quinto andar. Sabe o que ele me disse? "Eu sou um sonho e entro por onde quiser!" Além de tudo, era muito abusado.

Acordei desesperada, claro. Conferi a porta novamente: estava trancada. A janela porém, estava aberta.

A partir desse dia passei a conferir não só a porta, mas também as janelas!

sábado, 3 de outubro de 2009

É preciso querer mudar!

É preciso querer mudar. Querer mesmo, a vontade tem que ser tão grande que precisa te arrancar da inércia em que se vive, e na qual se aceita ir levando a vida...
Eu sei, pelo pouco que me lembro de Física, um corpo não quer sair do seu estado de repouso ou de movimento. Precisa de um empurrão...

Nós, seres humanos, animais dotados de inteligência, muitas vezes não usamos a inteligência que temos e o empurrão tem que ser bem forte. Pode ser aquele comentário maldoso que dói na alma, pode ser aquela conversa carinhosa com quem se ama. De qualquer forma, tudo isso é apenas o despertar para a mudança, para mudar mesmo a vontade tem que vir de dentro.

E independentemente do objetivo: emagrecer, passar em um concurso, trocar de emprego, fazer uma faculdade ou uma pós-graduação, o primeiro passo é querer. Acho viagem você ficar repetindo em voz alta 300 vezes ao dia "Vou conseguir tal coisa". Querer é apenas o primeiro passo, tudo bem pensar positivo, se não ajudar ao menos não deve atrapalhar, mas isso não basta. É preciso ir além, buscar formas de concretizar o que se deseja. E, normalmente, depende muito mais da gente do que das outras pessoas e de fatores externos.

Se eu quero muito emagrecer, não adianta reclamar que o marido, a mãe, o pai, o irmão, o papagaio e o periquito não me apóiam. O apoio sempre é válido, ajuda a não desistir. Mas quem tem que fazer dieta, pensar no que coloco na boca, fazer algum exercício sou eu. Mesma coisa se quero fazer uma faculdade, ou passar em um concurso. É cansativo, difícil, mas os esforços devem partir todos de mim.

E para os que reclamam que a sorte não lhes é muito boa, vale a pena ler O Príncipe, de Maquiavel e observar de que forma ele enxerga a virtú (valor próprio, virtude) e a fortuna (boa sorte):

“Aqueles que se tornaram príncipes pelo seu próprio valor conquistam domínios com dificuldade, mas os mantêm facilmente.”

“Aqueles que se tornam príncipes exclusivamente pela sorte empregam nisso pouco trabalho, mas só a muito custo se mantêm na nova posição; não alcançam nenhuma dificuldade para alcançar seu objetivo, mas todas as dificuldades aparecem quando chegam lá.”

Ou seja: mais vale o trabalho árduo que contar apenas com a sorte!