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quinta-feira, 7 de março de 2013

Retorno com a nutricionista e resultado de fevereiro

Voltei na nutricionista dia 04 de março, segunda-feira, após um mês de dieta. O resultado foi de -3,8 kg, sendo que mais de 2,5 kg foram gordura. Ela me deu os parabéns e aumentou um pouquinho a refeição da noite, estava ficando com muita fome e acabava comendo mais.
Poderia ter sido mais, mas não voltei a fazer atividade física, como havia desejado. E saí algumas várias vezes do cardápio proposto, principalmente nos finais de semana. 
De qualquer forma, fiquei feliz! Tinha um tempinho que a balança vinha subindo...rs.

Minha rotina alimentar tem sido mais ou menos assim:

Café da manhã: duas fatias de pão integral + geleia sem açúcar + café + uma fruta. Algumas vezes substituo a geleia por queijo branco, alguns dia tomo um café com leite. As vezes como tapioca ou cuscuz no lugar do pão ;

Almoço: 2 colheres de sopa de arroz + 5 colheres de feijão + legumes cozidos + uma porção de carne (ou peixe, ou frango ou dois ovos) + salada crua.
Eu levo almoço para o trabalho todos os dias, eu mesma preparo minha comida. Normalmente faço feijão para uma semana e congelo. O arroz já deixo cozido para alguns dias na geladeira. No dia-a-dia é só preparar algum legume, a salada e a carne.

Eu não utilizo óleo. O arroz eu normalmente como o parboilizado, cozinho na água com alho e sal. Fica soltinho. 

Lanche da tarde: uma fruta, uma colher de sopa de aveia e três castanhas do pará. Tomo chá sem açúcar. Algumas tardes eu como uma fatia de pão;

Jantar: sopa de carne e legumes, ou omelete com salada.

Quando chego em casa do trabalho é quando mais sinto fome e acho mais difícil fazer a dieta... Dá vontade de comer qualquer coisa. É o horário que mais tenho vontade de comer doce também...

Agora, uma coisa muito chata é quando você resolve emagrecer, determinada pessoa sabe e fica te oferecendo algo hipercalórico, só para boicotar a sua dieta... Certas gentilezas caem mal em algumas pessoas...rs




É isso!
Beijo

sábado, 2 de março de 2013

Do TDAH e de todos os meus recomeços


Eu tenho Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Nome grande, né?
Então, eu também achava que só criança tinha esse tipo de coisa. Acho que muita gente também pensa assim.
Como eu descobri? Eu sempre tive dificuldade para dormir, desde sempre. Eu me lembro com seis, sete anos, sem conseguir dormir a noite inteira. A medida que eu fui envelhecendo, foi piorando.
Com 27 anos, após crises fortes de ansiedade, já tendo um diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada há alguns anos (fiz terapia muito tempo e parei a medicação quando engravidei) consultei com uma psiquiatra do meu trabalho. Contei para ela que sentia muita dor no corpo, acordava como se não tivesse dormido nada, meu rendimento no trabalho estava sempre aquém do que eu imaginava ideal. Tinha vontade de vomitar quando ficava muito ansiosa e muitas vezes passava mal.
Então esta médica, a quem sou muito grata, me pediu uma polissonografia. O resultado não foi muito bom, tive muitos despertares e micro despertares ao longo do exame. Meu sono não chegou na fase do sono profundo, por isso que normalmente eu acordava tão cansada e com tantas dores.
Voltei à médica com os exames e comecei a tomar um antidepressivo pela manhã, para controlar as crises de ansiedade e um à noite, para melhorar o sono. Ainda estou tomando estes medicamentos, porque parei de tomar por um mês sem orientação, acabei voltando à estaca zero.
Mesmo com a medicação, algumas coisas não melhoraram: não conseguia parar de roer unhas, permanecia muito estressada quando tinha que fazer algumas atividades com prazo. Mesmo sem me sentir ansiosa, e talvez pela ausência da ansiedade, comecei a perceber outras coisas: brigas recorrentes com o marido porque eu repetia a mesma coisa várias vezes, comecei a me sentir muito estressada com o trabalho para realizar atividades que eu sabia não ter dificuldades, esquecia de tudo o tempo inteiro: de fechar a porta, a chaleira no fogo... Cheguei a ir ao banco para pagar contas e esqueci das contas... Além de que já comecei 5 faculdades e não consegui concluir... E isso era o que mais me chateava... Acho que faculdades foi a única coisa que comecei mais que dietas...Passei para a UnB, um vestibular difícil, duas vezes...
Além de repetir a mesma coisa várias vezes... Acabava brigando com o meu marido, ele achava que era cobrança e eu simplesmente não lembrava de que já tinha falado. E a dificuldade de levar projetos adiante, de me concentrar no que as pessoas falavam... Eu meio que vivo no mundo da lua.
Depois disso tudo, li o livro Mentes Inquietas, da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva. Me encontrei em muitas partes dos livros. Depois conversei com a minha médica e perguntei se os esquecimentos não poderiam ser resultado dos remédios. Ela me disse que não, que a medicação que eu tomava não afetava a memória. Depois perguntei-lhe se eu poderia ter TDAH, ela disse que muito provavelmente, que os sintomas todos indicavam que eu poderia ter o transtorno. E ela disse que apesar das pessoas pensarem que TDAH era doença de criança, muitos adultos persistiam com os sintomas na idade adulta. E me propôs um teste: tomar a ritalina por três semanas e voltar para fazer uma avaliação. À época eu estava fazendo testes para uma orientação profissional com uma psicóloga, e os meus testes de atenção não foram muitos bons, mesmo repetindo, o resultado não foi muito satisfatório. A psicóloga também concordou que eu poderia ter déficit de atenção.
E desde o ano passado eu tomo ritalina. E acho que melhorei muito. Consegui parar de roer unhas, embora tenha tido uma recaída e tenha retomado as tentativas de parar... Não faz mágica o remédio. Os hábitos de meus 30 anos de existência ainda são muito arraigados, preciso me esforçar, mas a melhora é nítida. Já consigo lavar uma louça e guardar tudo no lugar certo. Parece simples? Pois é, eu não conseguia e nunca terminava, largava pelo meio quando ficava estressada.
É isso. Ser TDAH nunca me impediu de ser boa aluna, de ter um emprego legal. Mas que dificultou muitas coisas, dificultou.